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Alice Watson e Simone Pinheiro, docentes do Instituto Federal de Brasília, se apresentaram no Sustenta Export e falaram sobre o aprimoramento da gestão “Lixo Zero” em aeroportos. Foto: Divulgação/Grupo Brasil Export

Sustenta Export

Aeroportos aprimoram gestão “lixo zero”

Atualizado em: 29 de agosto de 2024 às 9:53
Vanessa Pimentel Enviar e-mail para o Autor

Tema foi destaque em uma apresentação feita por docentes do Instituto Federal de Brasília

O aprimoramento da gestão “Lixo Zero” em aeroportos do Brasil e do mundo foi tema de uma apresentação liderada por Alice Watson e Simone Pinheiro, docentes do Instituto Federal de Brasília, na quarta-feira (28), durante o Sustenta Export, evento realizado pelo Grupo Brasil Export no arquipélago de Fernando de Noronha (PE).

Simone explicou que “lixo zero” consiste em inserir uma metodologia de eficiência nos programas de gerenciamento de resíduos das cidades, empresas e equipamentos – públicos ou privados.

Em seguida, citou como exemplo o Aeroporto de Florianópolis – o primeiro do Brasil a ser considerado lixo zero – e quais foram as estratégias adotadas pela gestão para alcançar este resultado.

De acordo com ela, 70% dos resíduos gerados pelo aeroporto não são mais encaminhados ao aterro sanitário. Isso porque, além da redução da produção de resíduos, tudo o que é gerado recebe destinação correta. Ou seja, resíduos orgânicos são compostados, recicláveis vão para as cooperativas e somente o que não tem destinação segue para o aterro.

“Foi preciso alterar contratos com empresas e concessionárias para chegar a estes resultados. Então não é mais permitido o uso de descartáveis no aeroporto, somente reutilizáveis ou compostáveis. Também foram instalados bebedouros para reduzir o uso de garrafas plásticas, além da implementação de um sistema eficiente de separação de resíduos e certificações”, detalhou Simone.

A docente ressaltou que a meta do equipamento é alcançar os 90% de desvio de resíduos do aterro.

Resíduos x Noronha

Em sua fala, Alice destacou os dados sobre a produção de resíduos do arquipélago: são 10 a 12 toneladas por dia – o que gera um envio de 260 toneladas por mês para o Recife (PE), no continente. Esta operação de transporte é feita por uma embarcação a cada 15 dias, num custo que chega a R$ 100 mil a cada viagem.

E mais: apenas 4,3% das edificações e terrenos do local apresentam equipamentos de coleta seletiva; a população estimada já chega a 10.547 pessoas (o dobro do considerado ideal para o local) e o número de veículos é de 1.434 – quatro vezes maior que o limite sugerido.

“De 2012 a 2022, o número de visitantes saltou de 62 mil para 149 mil por ano. Como será depois que o novo terminal ficar pronto? Será que o arquipélago dá conta?”, questionou a docente, ressaltando a importância de aplicar a gestão lixo zero na ilha e no novo aeroporto – que teve seu projeto de ampliação apresentado ao Governo do Estado na terça-feira (27) e promete ser três vezes maior do que o atual.

 

 

 

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