A Chibatão e o Super Terminais são as responsáveis pelo deslocamento. O plano foi desenhado em março, quando surgiram as primeiras previsões de que os rios da Amazônia vão enfrentar uma seca mais severa do que a de 2023. Foto: Divulgação
Região Norte
Começa deslocamento do píer flutuante no Rio Amazonas
Estratégia adotada por portos privados visa reduzir impactos da seca nas operações
Começou, no último dia 28, o deslocamento do píer flutuante utilizado por terminais que atuam no transporte de cargas no Rio Amazonas. A estrutura de quatro módulos portuários, de 60 metros cada um, será remontada no município de Itacoatiara e nas proximidades da foz do rio Madeira, em estratégia pensada pelos terminais para amenizar o período de estiagem.
A Chibatão e o Super Terminais são as responsáveis pelo deslocamento. O plano foi desenhado em março, quando surgiram as primeiras previsões de que os rios da Amazônia vão enfrentar uma seca mais severa do que a de 2023.
Conforme as medições diárias, a vazante se acentua a cada dia e os níveis dos rios Negro, Solimões e Madeira já estão atualmente 3 metros abaixo do volume de água do ano passado – que foi a maior seca dos últimos 100 anos.
O píer flutuante atende uma região estratégica para a indústria e o comércio da Zona Franca de Manaus (ZFM), já que são pelos três rios que entram e saem insumos e produtos da capital para o país e ao exterior. Em 2023 essa operação foi bastante prejudicada porque não havia um plano preventivo elaborado, como agora.
Para traçá-lo, a Chibatão e o Super Terminais atuaram em conjunto com o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), e conseguiram as licenças ambientais do estado, emitidas pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), autorizando a operação de deslocamento.
Marinha, Suframa e Receita Federal, entre outros órgãos, também deram o aval para a montagem do píer provisório, que começa a funcionar em setembro.