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O Brasil é o líder nas exportações globais do setor sucroalcooleiro. Neste ano, as exportações de açúcar de cana em bruto já somaram mais de US$ 8,69 bilhões. Foto: Elza/Arquivo/Agência Brasil

Nacional

Governo desenvolve apoio financeiro para replantio de cana após queimadas

Atualizado em: 2 de setembro de 2024 às 10:06
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Ministro da Agricultura informou que a Secretaria de Política Agrícola está trabalhando na avaliação dos danos

Em resposta às queimadas que estão afetando lavouras em diversas regiões e biomas do Brasil, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) está desenvolvendo uma linha de crédito específica para o replantio de cana-de-açúcar. O titular da pasta, Carlos Fávaro, informou que a Secretaria de Política Agrícola está trabalhando na avaliação dos danos causados pelas queimadas na agricultura brasileira. Com base no primeiro diagnóstico, uma das necessidades identificadas é o replantio de cana-de-açúcar, visando a próxima safra.

“Nós já vamos fazer um remanejamento do Plano Safra vigente, que é o maior Plano Safra da história, que tem bastante recursos disponíveis para a agropecuária brasileira, mas, no caso específico, então, vai ter um remanejamento, como por exemplo, para ter linhas de crédito específica para replantio de cana-de-açúcar”, anunciou o ministro.

O estado de São Paulo, em particular, teve suas lavouras impactadas, incluindo áreas já colhidas e em fase de crescimento. “Elas queimaram e essa cana-de-açúcar morreu, por isso há a necessidade de replantio”, explicou Fávaro.

Segundo a Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana), cerca de 80 mil hectares de áreas de cana-de-açúcar e de rebrota foram destruídos pelo fogo.

O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar e também o líder nas exportações globais do setor sucroalcooleiro. Neste ano, as exportações de açúcar de cana em bruto já somaram mais de US$ 8,69 bilhões, marcando um recorde histórico para o setor.

Fávaro também destacou que o Mapa está estudando outras medidas para a recuperação das áreas de produção afetadas pelas queimadas. “Vamos dimensionar as perdas e, às medidas que as demandas vão se apresentando, vamos trabalhando nas providências. Ainda tem bastante trabalho a ser feito”, ressaltou.

O ministro enfatizou a necessidade de conscientização sobre os impactos das mudanças climáticas.

“Estamos saindo de uma crise no Rio Grande do Sul ainda, levando medidas para a reconstrução, e já vem outras agora em função da seca, de queimadas e nós temos que, imediatamente, criar a consciência em todos. Aqueles ainda que duvidavam de mudanças climáticas, acho que esse discurso já ficou para trás. O governo do presidente Lula sabe da sua responsabilidade e vem lançando programas cada vez mais da conscientização e direcionamento com respeito à preservação do meio ambiente, que é o nosso grande ativo”, afirmou.

 

 

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