“Sempre lembro que o trabalho é feito por muitas mãos. Todos os presidentes dos sindicatos locais e a diretoria tiveram um papel fundamental”, diz Glen Gordon Findlay (Foto: Reprodução)
Especial Fenamar
Glen Findlay destaca “trabalho feito por muitas mãos” na história da Fenamar
Presidente entre 2001 e 2013 fala da importância da união e do trabalho coletivo nos 35 anos de atuação da entidade
Glen Gordon Findlay, ex-presidente da Federação Nacional das Agências de Navegação Marítima (Fenamar) entre 2001 e 2013, destaca a importância da união e do trabalho coletivo ao longo dos 35 anos da entidade. Para ele, a trajetória de sucesso da federação é resultado do esforço conjunto de muitos profissionais e líderes do setor. “Não é possível resumir 35 anos em tão pouco tempo. Sempre lembro que o trabalho é feito por muitas mãos. Todos os presidentes dos sindicatos locais e a diretoria tiveram um papel fundamental. E os anos mais difíceis nem foram os meus”, afirma.
Segundo Findlay, o agente marítimo é o “elo indispensável da cadeia logística”, uma frase que, embora comum, reflete a realidade. “O agente fala com todo mundo: transportadora, porto, retroporto e todas as autoridades. Nenhum navio atraca ou sai sem a atuação do agente marítimo. Somos responsáveis por toda a documentação da carga e do navio”, explicou.
Findlay também ressaltou marcos importantes da Fenamar, como a entrada na Confederação Nacional do Transporte (CNT) e a visão dos fundadores ao criarem a federação. Além disso, ele lembrou o papel da Federação Internacional das Associações de Agentes Marítimos (Fonasba na sigla em inglês), que ampliou o alcance internacional do Brasil e permitiu ao país presidir essa entidade por duas vezes.
Em 25 de março de 1992, a Fenamar anunciava sua filiação à CNT, em Brasília (DF). O primeiro presidente, Ney Garcia Sotello, enfatizou à época que a adesão à CNT era um movimento estratégico destinado a fortalecer a representatividade da Federação e de seus sindicatos filiados no cenário nacional do transporte.
A descrição, registrada no livro Fenamar – Desafios e Conquistas do Agenciamento Marítimo Brasileiro, diz que tal admissão exigia, no entanto, procedimentos estatutários, incluindo a aprovação formal pelo Conselho de Representantes da Fenamar, conforme determinado pelos estatutos sociais da entidade. A obra será lançada oficialmente nesta quarta-feira, dia 11, no Clube Naval, em Brasília (DF).
O primeiro representante da Fenamar na CNT foi o próprio Sotello, tendo como suplente Elmar José Braun. A filiação à confederação foi vista como uma oportunidade para a ampla participação nas discussões e decisões em nível nacional, o que possibilitou com que a Fenamar pudesse contribuir de maneira mais efetiva para o desenvolvimento e aprimoramento do setor de transporte marítimo brasileiro.
Regulação
No campo regulatório, Findlay destacou a busca por um “selo de qualidade” para a profissão, além da inclusão dos agentes marítimos no programa Operador Econômico Autorizado (OEA), um reconhecimento da essencialidade e confiabilidade do setor.
Com esses 35 anos de história, a Fenamar reafirma sua posição como uma instituição essencial para a logística portuária e para o comércio exterior brasileiro.