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Conforme a projeção, a área destinada ao cultivo do milho diminuiu, com a colheita total estimada em 115,72 milhões de toneladas, uma queda de 12,3% em relação à safra anterior. Foto: Wenderson Araújo/Trilux via Agência Brasil

Nacional

Conab estima queda na safra 2023/2024 devido a clima adverso

Atualizado em: 16 de setembro de 2024 às 1:39
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Projeção de setembro divulgada pela companhia de abastecimento aponta redução de 21 milhões de toneladas em relação ao ciclo anterior

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em sua projeção de setembro para a safra 2023/2024, estima uma produção de 298,41 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 21,4 milhões de toneladas em relação ao ciclo anterior.

De acordo com a Conab, essa diminuição é principalmente atribuída ao atraso na regularização das chuvas no início do plantio, somado às precipitações insuficientes durante parte do ciclo das lavouras nos estados do Centro-Oeste, Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia, São Paulo e Paraná. Além disso, o excesso de chuva no Rio Grande do Sul também prejudicou as lavouras de primeira safra.

“Os estados paulista e paranaense, além de Mato Grosso do Sul, também apresentaram condições adversas durante o desenvolvimento das culturas de segunda safra. Ainda assim, esta é a segunda maior safra a ser colhida na série histórica”, destacou a Conab.

A área plantada está estimada em 79,82 milhões de hectares, um aumento de 1,6% em relação a 2022/2023, porém a produtividade média caiu 8,2%, de 4.072 quilos por hectare no ciclo anterior para 3.739 quilos por hectare nesta safra.

Entre as culturas afetadas pelo clima adverso, a soja se destaca. A produção da oleaginosa está estimada em 147,38 milhões de toneladas, 7,23 milhões de toneladas a menos que na safra anterior. “A queda observada se deve, principalmente, ao atraso do início das chuvas, às baixas precipitações e às altas temperaturas nas áreas semeadas entre setembro e novembro, nas regiões Centro-Oeste e Sudeste e na região do Matopiba [Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia]”, informou a Conab.

Em Mato Grosso, maior produtor de soja, a produção alcançou 39,34 milhões de toneladas, uma queda de 11,9% em relação ao primeiro levantamento e 15,7% em comparação à safra passada. No Rio Grande do Sul, o excesso de chuvas também impactou negativamente a produção.

Milho

O milho também sofreu com o clima. Na primeira safra, altas temperaturas e chuvas irregulares afetaram regiões como Minas Gerais. “No segundo ciclo do cereal, o clima foi mais favorável em Mato Grosso e Goiás, por exemplo. Mas em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná, veranicos ocorridos em março e abril, junto com altas temperaturas e ataques de pragas, comprometeram o potencial produtivo”.

A área destinada ao cultivo do milho também diminuiu, com a colheita total estimada em 115,72 milhões de toneladas, uma queda de 12,3% em relação à safra anterior.

Algodão

Para o algodão, a Conab apontou uma queda de 1,5% na produtividade, com estimativa de 4.561 quilos por hectare. No entanto, a área plantada aumentou 16,9%, o que resultou em um crescimento de 15,1% na produção. A colheita de algodão em pluma é estimada em 3,65 milhões de toneladas, “novo recorde para a série histórica”.

Arroz e feijão

A produção de arroz e feijão também apresentou crescimento. A safra de arroz está estimada em 10,59 milhões de toneladas, um aumento de 5,5% em relação ao ciclo anterior, impulsionado pela maior área cultivada. No caso do feijão, a safra total foi estimada em 3,25 milhões de toneladas, 7% superior à safra passada, com destaque para o aumento de 18,5% na produção da segunda safra da leguminosa.

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