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A necessidade de mudanças na cultura empresarial das companhias e como isso impacta a implementação de melhorias e projetos tecnológicos em grande escala foram discutidas no Inova Export, realizado nesta segunda-feira (16), em São Paulo, durante o Fórum Regional de Infraestrutura Sudeste Export. Foto: Grupo Brasil Export

Inova Export

Painel discute mudança em cultura empresarial para absorver inovação

Atualizado em: 16 de setembro de 2024 às 15:22
Yousefe Sipp Enviar e-mail para o Autor

Tema foi debatido durante o Inova Export, realizado na manhã desta segunda-feira, em SP

A necessidade de mudanças na cultura empresarial das companhias e como isso impacta a implementação de melhorias e projetos tecnológicos em grande escala foram discutidas no Inova Export, realizado nesta segunda-feira (16), em São Paulo, durante o Fórum Regional de Infraestrutura Sudeste Export.

Promovido pelo Grupo Brasil Export, com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, o evento reúne, nos dias 16 e 17 de setembro, especialistas para debater os principais obstáculos à modernização das empresas ligadas à logística e transportes. Ivo Mainardi, supervisor do Metrô de São Paulo, destacou que, embora existam investimentos e incentivos para inovação no setor, há a necessidade de transformação cultural dentro dos escritórios.

“Embora possamos adquirir softwares e desenvolver ferramentas, se não mudarmos a cultura, a inovação se torna limitada”, afirmou. Mainardi observou que a resistência à modernização é particularmente relevante em empresas públicas com funcionários de longa data, contrastando com a alta rotatividade e as mudanças cíclicas nas empresas privadas.

Para Mainardi, a inovação deve ser introduzida de forma gradual e progressiva pelos gestores, a fim de garantir segurança jurídica e assegurar que os investimentos em novas tecnologias sejam bem-sucedidos, apesar das incertezas associadas. “A mudança cultural deve ser feita com paciência, com pequenos avanços ao longo do tempo. Implementar muitas mudanças de uma vez pode ser assustador e não alcançar os resultados esperados”, concluiu.

Alessandra Andrade, vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo, complementou o debate defendendo que a capacitação dos associados é crucial para a absorção de novas tecnologias e mudanças culturais. “Devemos considerar essas duas pontas: a capacitação dos desenvolvedores de tecnologia e a preparação dos que precisam absorver essas tecnologias”, detalhou Andrade. “A colaboração entre quem desenvolve tecnologia e quem precisa absorvê-la é uma responsabilidade fundamental das entidades voltadas para inovação”, finalizou.

Mariane Takahashi, CEO da Associação Brasileira de Startups, destacou a importância de integrar diversas perspectivas para alcançar uma maior escalabilidade das inovações no mundo corporativo. Ela mencionou que, com a rápida evolução tecnológica, uma solução pode se tornar obsoleta em poucos meses, o que torna a aceitação de projetos um desafio constante.

“É importante notar que as startups frequentemente enfrentam dificuldades para se comunicar com as empresas, e vice-versa”, disse.  “Muitas vezes, as startups têm problemas em entender o campo regulatório e as empresas podem ter dificuldades em lidar com essas startups”, explicou Takahashi.

Mariane finalizou apontando que, para alcançar uma grande escalabilidade, é necessário ter um objetivo claro e um plano bem estruturado, utilizando metodologias que proporcionem clareza sobre o impacto no negócio para todos os envolvidos. Além disso, a participação de entidades que facilitem a interação entre startups que desenvolvem soluções e as empresas que necessitam.

O painel “Transformando o setor: Inovação e tecnologia em ação” foi moderado por Raul Vieira, Acelerador de Negócios e Startups do Senai. A programação do evento está sendo transmitida pela TV BE News no Youtube, disponível no canal 82 da Sky, canal 58 da parabólica, e canal 19 para a Grande Campinas.

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