Incêndio destrói parte do Parque Nacional de Brasília e mobiliza Governo 

Com 1.200 hectares queimados, autoridades investigam se a origem foi criminosa e reforçam ações de combate ao fogo no país

O amanhecer do último domingo, dia 15, no Parque Nacional em Brasília (DF) foi com fogo. A estimativa é que 1.200 hectares da unidade de conservação federal tenham sido atingidos. Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão responsável pela área, o incêndio começou no limite do Parque Água Mineral com a Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência da República.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, autorizou o Governo Federal a emitir créditos extraordinários fora da meta fiscal até o fim do ano, para o combate ao fogo que já afeta 60% do território brasileiro. A regras para a contratação de brigadistas também foram flexibilizadas. O prazo de três meses para a recontratação de brigadistas que já prestaram serviços na área está suspenso.

As autoridades suspeitam que o fogo no Parque Nacional em Brasília seja de origem criminosa e a Polícia Federal está investigando o caso. No domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobrevoou a região do Parque Nacional atingida e convocou uma reunião para segunda-feira, dia 16, com os ministérios da Justiça, do Meio Ambiente e da Casa Civil.

O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, afirmou que nesta terça-feira, 17,  será realizada uma reunião com o Tribunal de Contas da União (TCU), e com o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e com presidente do STF, Luís Roberto Barroso,  sobre questões climáticas.

A ideia é “tratar este tema como um tema do estado brasileiro”. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, está dialogando com os governadores sobre as queimadas. A expectativa é de que nos próximos dias seja realizada uma reunião no Palácio do Planalto com os dirigentes.

Com o céu de Brasília encoberto por fumaça, a classificação do ar é considerada moderada devido à concentração de micropartículas na atmosfera. Os dados representam 14 microgramas por metro cúbico,  o valor definido como seguro pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 5 microgramas por metro cúbico.