A combinação das operações ferroviárias da Brado e da MRS vai evitar a emissão de cerca de 177 toneladas de CO2 por viagem, o equivalente à emissão anual de 38 veículos. No futuro, a operação tem potencial para outras cargas, além do algodão. Foto: Divulgação
Ferrovias
Brado realiza primeira exportação de algodão pelo Porto de Itaguaí
A operação teste ocorreu em julho e foi estruturada pela companhia em parceria com a Cargil, MRS, Maersk e o terminal portuário do Sepetiba Tecon
A Brado realizou, pela primeira vez no Brasil, o transporte de algodão de fazendas do Mato Grosso até o Porto de Itaguaí (RJ) por ferrovia. A operação teste ocorreu em julho e foi estruturada pela companhia em parceria com a Cargil, MRS, Maersk e o terminal portuário do Sepetiba Tecon, visando reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Ao chegar no porto, o produto foi exportado para Bangladesh, na Ásia.
A nova rota foi planejada para diversificar os trajetos, portos e modais de transporte, com foco em sustentabilidade e eficiência. A viagem teste pela nova rota usou 40 vagões, que levaram 40 contêineres carregados com pouco mais de mil toneladas de pluma de algodão.
A operação começou nas algodoeiras de Mato Grosso, onde a pluma foi carregada em caminhões, que percorreram 780 km até o terminal da Brado, em Rondonópolis. Ali foi realizada a transferência da carga do caminhão para o contêiner – chamada de crossdocking. Embarcados no trem da Brado, os contêineres seguiram por 1.392 km pela ferrovia até Sumaré (SP), onde a Brado tem outro terminal multimodal, um hub de integração logística da ferrovia.
Lá, os contêineres foram transferidos para o trem da MRS e continuaram a viagem, por 568 km, até o terminal do Sepetiba Tecon, no Porto de Itaguaí, onde a composição ferroviária foi descarregada diretamente dentro da área portuária para embarque dos contêineres em navios da Maersk, com destino a Bangladesh.
A combinação das operações ferroviárias da Brado e da MRS vai evitar a emissão de cerca de 177 toneladas de CO2 por viagem, o equivalente à emissão anual de 38 veículos. No futuro, a operação tem potencial para outras cargas além do algodão na exportação e ainda para transportar cargas importadas até Sumaré ou Rondonópolis e bens de consumo para Mato Grosso.
“Descarbonizar a cadeia de suprimentos é fundamental para tornar o produto brasileiro cada vez mais competitivo no mercado internacional. Contar com parceiros comprometidos com o mesmo objetivo, trabalhando no fortalecimento da multimodalidade, nos possibilita a abertura de um novo fluxo logístico para escoamento da produção de algodão, visando atender as demandas de nossos clientes”, afirma Ellen Molina, gerente Multimodal da Cargill.