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Fausto Franco: Da Bahia para o Brasil Export

Atualizado em: 19 de outubro de 2024 às 15:34
Ivani Cardoso Enviar e-mail para o Autor

Fausto Franco

Fausto Franco completa 46 anos na próxima semana e tem uma história profissional de respeito para agregar como Diretor de Relações Institucionais do Fórum Brasil Export. Como secretário executivo do Bahia Export ele já mostrou a que veio e está entusiasmado com as possibilidades e o potencial do fórum nacional.

Nasceu em São Paulo, mas foi para Salvador com três meses e ficou por lá. Ativo e conversador desde pequeno, foi líder estudantil, presidente de grêmio e colecionou amizades e bons relacionamentos em várias atividades e movimentos em que participou. “Hoje, meu principal ativo é o celular. Para construir relações sólidas você precisa de tempo e dinheiro, além de gostar do contato com pessoas das mais diversas áreas”.

Em todos os trabalhos, o que conta mesmo é a confiança: “Zelo muito pelo meu nome e só trabalho para quem eu acredito, dinheiro é um segundo propósito, não o essencial. Com a vida entre o eixo Bahia-São Paulo (onde moram a esposa e o filho de 16 anos), seu cotidiano inclui aeroportos, almoços e jantares quase em tempo integral. “Dificilmente não viajo toda semana. Por isso, muitas vezes no final de semana tudo o que eu quero é deitar-se no sofá com edredom e assistir a séries”, brinca.

Escolher a carreira foi fácil. Relações Públicas era mesmo a primeira opção: “É uma profissão importante, mas que é ainda é desconhecida e pouco valorada no Brasil, se comparada com os Estados Unidos e Inglaterra, as grandes referências no mundo. E ainda é malvista, infelizmente, porque dá ideia do lobby pejorativo. No Brasil todos acham que podem ser RP, mesmo sendo uma profissão regulamentada. Melhorou, mas ainda temos um longo caminho pela frente”.

Para os clientes ou potenciais clientes, esclarece: “Sempre digo que não tem que me contratar no meio da crise, e sim antes que aconteça. As empresas não entendem a importância de ter um RP em seus quadros. Tenho uma vida agitada porque trabalho em todos os ambientes. Nunca posso estar de mau humor e preciso falar com todo mundo, é isso que fortalece meu network”.

Claro que não há como se programar para ter atividades cotidianas, mas Fausto procura dosar a vida com sabedoria: “Sou uma pessoa diurna atualmente. Por eu ter trabalhado muitos anos na noite, hoje gosto de dormir cedo e procuro não marcar compromissos mais tarde. Da mesma forma que gosto de uma festa e de ficar com gente, também gosto de ficar sozinho e fazer o nadismo. Tenho uma casa no Litoral da Bahia e vou muito para lá, adoro mar, pé na areia, isso me energiza muito”.

Para ele, dizer que o baiano é preguiçoso não é real, é mais um estereótipo de quem não conhece bem o povo. “Os baianos têm uma coisa herdada do português que é um povo cartesiano, mas não é preguiça”.

Aliás, preguiça não existe no seu dicionário. Ocupou várias posições de destaque, incluindo a Secretaria de Turismo do Estado da Bahia e produtor executivo da banda Chiclete com Banana, um dos mais importantes grupos musicais do Brasil. É sócio da Doble F Consultoria Empresarial, uma empresa especializada em relacionamento Institucional, Relações Públicas, marketing, comunicação, gestão de crise e relacionamento interpessoais.

“Meu maior feito profissional foi no Chiclete com Banana, conheci o Brasil todo e vários países do Exterior, ia muitas vezes aos mesmos lugares, consigo em algumas cidades andar sem ajuda do aplicativo. Quando fui secretario de Turismo, fiz questão de conhecer as 13 zonas turísticas mais de perto, foi um desafio, uma experiência enriquecedora por ter sido na pandemia. Mas não é o que eu quero para mim, sou técnico e já dei minha contribuição ao setor público”.

Agora o olhar está voltado para o Brasil Export. Já acompanhava o fórum por trabalhar na Intermarítima, com Roberto Oliva, e aceitou o convite de Fabrício Julião, CEO do Brasil Export, pela convergência de ideias e potencial de futuro. “É um fórum que consegue juntar todos os players do setor público e privado. Logística é primordial no Brasil. Não tivemos um crescimento em números absolutos nos últimos anos, mas se começarmos a crescer haverá um colapso. Por isso, temos muitas portas a abrir”.

Para 2025, ele já está contribuindo: fez os contatos para realizar o Nordeste Export em Teresina (PI), trouxe novas empresas para conversas e deu o insight para a Missão Internacional ser na França, decisão que foi acatada. “A França é um país muito importante para o Brasil no sentido comercial; vamos juntar as empresas e ações dos dois países. Gosto muito de trabalhar em equipe, ninguém atua sozinho, agregar é essencial”.

E para quem vai a Salvador, as dicas são os seus dois lugares preferidos: “Estou sempre no Iate Clube da Bahia e no Santo Antônio Além do Carmo, no Centro Histórico, especialmente no Yolo Coffee Bar, que fica anexo ao Museu do Mar”.

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