Fortescue está liberada para iniciar os trabalhos na área de 135 hectares, situada na ZPE Ceará. Planta terá capacidade para processar 4.725 toneladas diárias de amônia verde, o que corresponde a 837 toneladas de hidrogênio verde (H2V) por dia. Foto: ZPE Ceará/Governo do Ceará
Região Nordeste
Empresa recebe autorização para iniciar obras de planta de H2V
Empresa australiana pode iniciar os trabalhos na área de 135 hectares da cidade de Caucaia
A empresa australiana Fortescue recebeu autorização para iniciar as obras de preparação da unidade de produção de hidrogênio e amônia verdes no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), no Ceará. A licença de instalação foi concedida pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) e publicada no Diário Oficial do Estado. Com isso, a Fortescue está liberada para iniciar os trabalhos na área de 135 hectares, situada no município de Caucaia.
A planta terá capacidade para processar 4.725 toneladas diárias de amônia verde, o que corresponde a 837 toneladas de hidrogênio verde (H2V) por dia. O investimento inicial previsto para essa fase é de R$ 100 milhões, com a primeira etapa das obras envolvendo terraplanagem e drenagem de 121 hectares na Zona de Processamento para Exportação (ZPE 2 Ceará).
A resolução que autoriza a operação foi assinada pelo vice-presidente da República e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. O documento também concede à Fortescue um regime tributário, cambial e administrativo especial de ZPE por 20 anos, condicionado ao cumprimento anual das exigências contratuais. O Ceará já firmou pré-contratos com outras empresas, como a espanhola FRV, a americana AES, as brasileiras Casa dos Ventos e Cactus, e a francesa Voltalia, além da própria Fortescue.
Com essa etapa concluída, as empresas começarão a pagar uma espécie de aluguel à ZPE do Ceará para garantir espaço no setor 2, onde será instalado o hub de hidrogênio verde.
Projeto
O projeto da Fortescue no Brasil envolve um investimento de US$ 5 bilhões em uma planta voltada à produção de hidrogênio verde (H2V) no Complexo Industrial e Portuário do Pecém.
O objetivo é que a indústria chegue a produzir 837 toneladas de hidrogênio verde por dia, com o uso de 2.100 MW de energia renovável. Na fase de construção, devem ser gerados cinco mil empregos.
Andrew ressaltou que a localização geográfica do Pecém é estratégica porque permite exportações para os mercados dos Estados Unidos e Europa a custos mais baixos que nos demais terminais do país.
O hub de H2V do Pecém já possui 34 memorandos de entendimento com empresas nacionais e internacionais, além de quatro pré-contratos assinados. O governo estadual estima que os investimentos possam ultrapassar os R$ 145 bilhões.