A ANTT acompanha as concessões dos modais de transporte, garantindo que as empresas cumpram os contratos e ofereçam um serviço de qualidade, conforme disse Rafael Vitale (Foto: Divulgação)
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Agências reguladoras buscam garantir a eficiência da logística no país
Em entrevista para a Rede BE News, diretor-geral da ANTT destaca a relevância da regulação para o desenvolvimento do Brasil
O sistema econômico brasileiro depende que uma série de agências reguladoras atuem para garantir que setores essenciais, como o de logística, infraestrutura e transporte, funcionem com segurança, eficiência e qualidade.
Esses órgãos desempenham funções que vão desde atividades administrativas, judiciais e burocráticas até responsabilidades contratuais, analíticas e fiscalizadoras. Mas, além disso, são essenciais para garantir que a população tenha condições de vida dignas, pois setores prioritários — aqueles que sustentam as necessidades básicas — são dependentes de uma cadeia logística e de infraestrutura para chegar às casas das pessoas.
Em entrevista exclusiva para a Rede BE News, representantes das principais autarquias do Governo Federal apresentaram as ações dos órgãos voltados para o setor de infraestrutura.
Rafael Vitale, diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), detalhou o papel da agência e o impacto de suas atividades no cotidiano dos brasileiros.
“A logística é uma das atividades mais importantes na economia porque as mercadorias são produzidas, seja no campo ou nas fábricas, em locais específicos e precisam ser distribuídas para toda a população. Isso é feito pelo transporte, sendo o terrestre o principal meio para a distribuição”, disse.
O diretor-geral ressaltou que a ANTT acompanha de perto as concessões dos modais de transporte, garantindo que as empresas cumpram os contratos e ofereçam um serviço de qualidade.
“Nosso objetivo é que rodovias e ferrovias estejam preparadas para atender ao fluxo de veículos e trens que circulam nessas infraestruturas de forma segura e com uma qualidade que permita um tempo de viagem adequado ao esperado”, afirmou Vitale. “No serviço de transporte, que abrange caminhões e ônibus, regulamos o mercado. Buscamos promover uma regulação que incentive a competição, permitindo que várias empresas disputem os fretes, seja de carga ou de passageiros”, completou.
Vitale detalhou algumas diferenças entre os fluxos logísticos domésticos e internacionais. Para o comércio exterior, o Brasil escoa grande parte de seus produtos até os portos, utilizando o modal terrestre.
“As ferrovias no Brasil são mais voltadas para commodities agrícolas e minerais, como o minério de ferro, que exportamos em grande quantidade para a China, Europa e Estados Unidos, além dos grãos, também enviados para a China, Ásia em geral, Japão e Europa. (…) O país torna-se mais competitivo à medida que sua infraestrutura de transporte apresenta qualidade”, observou.
E para que a população brasileira tenha acesso aos itens básicos de consumo, Vitale ressaltou que é fundamental que a logística doméstica funcione de maneira eficaz. “Primeiramente em lojas e supermercados. E aí o cidadão pode adquirir e comprar os produtos de primeira necessidade, como alimentos, isso é sempre muito impactado pela logística”.