A nova gestão da FIPS, formada pelas empresas Rumo, MRS e VLI, visa operar, manter e expandir a infraestrutura ferroviária que atende o Porto de Santos. Nos primeiros 5 anos de contrato são esperados, no mínimo, R$ 1 bilhão em investimentos. Foto: Divulgação/FIPS
Porto de Santos
FIPS completa um ano de nova gestão e destaca obras
“A Pera de Outeirinhos é essencial para garantir que os terminais cumpram suas obrigações de Movimentação Mínima Contratual. Além disso, terminais já instalados na região, como Copersucar e CLI, movimentam conjuntamente cerca de 23 milhões de toneladas anuais. Com a chegada do novo terminal da COFCO, que deverá movimentar 15 milhões de toneladas por ano, a conclusão da Pera se torna ainda mais vital. Este projeto não apenas suprirá as demandas do Porto de Santos e seus terminais, mas também trará benefícios para toda a cadeia logística do agronegócio brasileiro”, citam as empresas em comunicado conjunto.
A remodelação do pátio de Conceiçãozinha, no Guarujá, inicialmente prevista para ser entregue em 5 anos, foi adiantada, e a obra foi finalizada em agosto de 2024, melhorando a eficiência do atendimento ferroviário na margem esquerda do porto.
A entrega do pátio ferroviário STS14, voltado para o atendimento ao cluster de celulose, também será antecipada, garantem as empresas: a conclusão era esperada para julho de 2025, mas será em dezembro deste ano.
“Ao longo de um ano, a FIPS tem demonstrado como a união entre as principais concessionárias ferroviárias pode transformar o acesso ao Porto de Santos, fundamental para o escoamento das exportações brasileiras. A integração operacional entre Rumo, MRS e VLI Logística trouxe ganhos significativos, registramos recordes históricos no tempo de descarga e no giro de vagões nos terminais portuários com consequente aumento na movimentação de carga”, destacou João Almeida, presidente da FIPS.
Corredores de exportação
Integrante da associação e responsável por administrar cerca de 14 mil quilômetros de ferrovias no país, a Rumo avalia que os investimentos no Porto de Santos convergem com os projetos de aumento de capacidade e expansão ferroviária da concessionária nos corredores de exportação que atendem as principais regiões produtoras do país.
“Há um avanço significativo na cadeia logística e temos grandes projetos em execução como a ferrovia de Mato Grosso para suportar a demanda crescente do agronegócio e da indústria. Em todos esses projetos, o Porto de Santos entra como destino ou ponto de partida de cargas e insumos para nossos clientes”, explicou o vice-presidente da Rumo, Guilherme Penin.
“Grande parte do transporte de carga geral da MRS passa pelas operações portuárias de Santos. Neste contexto, um planejamento integrado e uma logística otimizada com a ferrovia FIPS e terminais portuários é fator decisivo de competitividade”, citou Thiago de Oliveira Lima, Gerente Geral de Gestão Econômica da MRS.
Já Nicolas Szwako, diretor de Operações do Corredor Sudeste da VLI, citou como o processo de renovação antecipada da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) deve demandar a FIPS. “Uma vez concluído o processo de renovação antecipada da concessão da FCA, a relevância estratégica do Porto de Santos tende a se tornar ainda maior para a companhia, dado o aumento previsto de volume de carga escoado pelo Corredor Sudeste da FCA, que atende uma série de clientes em fluxos de importação e exportação na região”.
Por fim, a nova gestão avaliou que o retorno da comunidade portuária ao longo desse primeiro ano têm sido “amplamente positivo”, destacando a importância da FIPS para o futuro do Porto de Santos.