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Economia

Brent ultrapassa marca US$ 100, Petrobras monitora situação

25 de fevereiro de 2022 às 11:23
Bárbara Farias Enviar e-mail para o Autor

O preço do barril de petróleo Brent disparou e atingiu o pico de US$ 105,79, no início da tarde desta quinta-feira (24), após a invasão à Ucrânia. Esta foi a maior alta desde 2014, mas fechou o dia em US$ 95,87. A Petrobras optou por monitorar a alta volatividade do petróleo, para, no momento certo, tomar as providências para estabilizar os preços.

Em entrevista coletiva, nesta quinta-feira (24), o diretor de Comercialização e Logística da Petrobras, Cláudio Mastella, afirmou que a Petrobras monitora a crise na Ucrânia e assegurou que não há impacto para os clientes, no Brasil, pois uma pequena parcela importa petróleo, mas de origens distantes da região de conflito.

“Quantos a impacto nos preços, estamos enxergando, num primeiro momento, um impacto muito forte de volatividade nos preços do mercado. A gente teve um pico de preços, hoje, que ainda não estabilizou (início da tarde). Na verdade, o mercado todo está observando o que está acontecendo, tentando avaliar as consequências e a extensão da crise, tentando avaliar o ponto de estabilização, após o desdobramento efetivo da situação local, na Ucrânia”, ponderou.

O preço do Brent começou a baixar, após o presidente dos EUA, Joe Biden anunciar medidas com outros países em uma liberação combinada de petróleo adicional das reservas globais estratégicas de petróleo.

“A primeira reação do mercado foi terrível. Nós temos o aumento generalizado das commodities, na faixa de 5%, que para um único dia é muito. A última cotação do trigo, por exemplo, foi de 5,71%, e continua crescendo, isso em menos de 24 horas não é normal. O barril de petróleo Brent em torno de US$ 100 dólares, um aumento de quase 8%. E as bolsas derretendo no mundo”, avalia o economista e consultor portuário, Fabrizio Pierdomênico.

Pierdomênico aponta que a alta de preços se deve à insegurança. “Quando ocorre uma crise desse tamanho, o primeiro movimento é formar estoque. Por isso, o mercado se antecipou ao movimento dos estados na formação desses estoques de grãos e precificou, aumentando o valor. A gente tem que acompanhar a evolução da crise nos próximos dias. Se arrefecer, a tendência é os preços caírem, mas se agravar, a tendência é que os preços subam”, explica o analista.

“O mundo já enfrentava uma onda inflacionária, independentemente da crise, o barril do petróleo já batia recordes, o brent estava cotado a US$ 92, US$ 93, além da crise da logística. Isso tudo estava provocando uma onda global de inflação na Europa, Estados Unidos, Ásia e Brasil. E, que com essa crise, vai se agravar. A reação imediata dos governos é aumentar a taxa de juros para reduzir o ritmo do crescimento da economia. Esse aumento de juros em função da inflação, irá desacelerar globalmente o crescimento da economia e, em países como o Brasil, pode agravar ainda mais esse desenvolvimento”, analisa.

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