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Desde o início do ano, as exportações agrícolas brasileiras para a Bolívia somaram cerca de US$ 300 milhões, com destaque para produtos florestais. Foto: Divulgação

Comércio exterior

Governo anuncia nova abertura de mercado para a Bolívia

14 de novembro de 2024 às 18:05
Yousefe Sipp Enviar e-mail para o Autor

Fluxo comercial entre os dois países atingiu US$3,31 bilhões, com o Brasil registrando um superávit de US$278 milhões

O Ministério da Agricultura e Pecuária anunciou, nesta quinta-feira (14), que o Brasil obteve autorização do governo da Bolívia para exportar produtos de reciclagem animal, como hemoderivados, hemoglobina e plasma de bovinos e suínos. Os insumos são utilizados principalmente na indústria de rações devido ao seu alto valor nutritivo.

Em 2023, o fluxo comercial entre os dois países atingiu US$3,31 bilhões, com o Brasil registrando um superávit de US$278 milhões. A Bolívia figurou como o 35º maior destino das exportações brasileiras e o 30º maior fornecedor de produtos ao Brasil.

Os itens de maior destaque nas vendas brasileiras para a Bolívia foram siderúrgicos, como ferro, aço, barras e cantoneiras, que representaram 6,1% do total, além de automóveis de passageiros, com participação de 3,8%. Entre as compras feitas pela nação sul-americana, o gás natural foi o produto predominante, com 86%, seguido por fertilizantes químicos, com 4,8%.

Até novembro de 2024, as exportações agrícolas do Brasil para a Bolívia somaram cerca de US$300 milhões, com os produtos florestais liderando em volume.

Segundo o Governo Federal, esta é a segunda autorização concedida pela Bolívia. Em dezembro do ano passado, o Brasil obteve permissão para exportar ovos férteis para o país. Com essa nova liberação, o agronegócio brasileiro chega a 198 aberturas de mercado em 2024.

Novas negociações

A pasta da Agricultura e Pecuária ainda informou que está em negociações para abrir o mercado turco à carne bovina brasileira, um dos poucos destinos ainda fechados ao produto, junto com Japão, Vietnã e Coreia do Sul.

As negociações ocorreram durante uma visita oficial liderada por Júlio Ramos, secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, com o intuito de posicionar o Brasil como um parceiro estratégico para atender à crescente demanda alimentar da Turquia.

Além da carne bovina, as conversas abordaram outros produtos do agronegócio brasileiro, incluindo a retirada das restrições à proteína de aves do Rio Grande do Sul, que estavam em vigor devido à doença de Newcastle.

A Turquia ocupa atualmente a sétima posição entre os principais destinos de exportação agrícola do Brasil. No acumulado de 2024, o comércio entre os dois países alcançou R$2,6 bilhões, destacando-se produtos como soja, café e artigos têxteis.

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