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Luiz Fernando Garcia da Silva disse que o Plano Mestre do Porto de Paranaguá projeta um aumento entre 20% e 40% na movimentação de carga nos próximos 20 anos (crédito: reprodução/Meta BE)

Portos

Moegão vai permitir que Porto de Paranaguá receba mais cargas, diz Garcia

22 de setembro de 2022 às 13:00
Bárbara Farias Enviar e-mail para o Autor

Ao Meta BE, o diretor-presidente da Autoridade Portuária enfatiza que oferta ferroviária deve ser maior para não impactar escoamento de produtos 

A eficiência logística pautou o programa Meta BE, transmitido na tarde de ontem, dia 21, e que contou com as participações de pelo menos dois dirigentes portuários, entre outros convidados. Entre os assuntos comentados, a expectativa sobre o projeto ferroviário Cais Leste (Moegão), em Paranaguá (PR), e o embarque de frutas em pallets no Porto de Fortaleza (CE), tornando o transporte mais ágil e com menos custo. Já em Portugal, diversos representantes do setor portuário assinaram um memorando com foco em iniciativas para tornar as operações mais eficientes. 

O programa Meta BE é apresentado pelos jornalistas Bruno Merlin e Leopoldo Figueiredo, com transmissão ao vivo pelo portal BE News (www.portalbenews.com.br). 

Em entrevista ao Meta BE, o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia da Silva, enfatizou a importância da ampliação de oferta de escoamento de produtos pelo modal ferroviário. “Nós fizemos, no ano passado, quase 60 milhões de toneladas, e somente 20% disso veio através do modal ferroviário”, disse ele.

Garcia falou sobre a expectativa em relação ao projeto do Cais Leste, conhecido como “Moegão”, cuja licitação está em andamento. A proposta trata da centralização da descarga ferroviária em uma moega exclusiva, com reestruturação rodoferroviária dos acessos dos terminais da região leste do Porto de Paranaguá, otimizando a capacidade de recepção de cargas nos modais rodoviário e ferroviário. “Esse é um projeto de grande porte desenvolvido por aqui”, afirmou. 

O representante da Autoridade Portuária comentou ainda que o Plano Mestre do Porto de Paranaguá, desenvolvido pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL), do Governo Federal, projeta um aumento entre 20% e 40% na movimentação de carga nos próximos 20 anos. “Nós entendemos que não conseguiremos atender com a qualidade que atendemos hoje se essa distribuição de participação dos dois modais continuar como é hoje”, analisou.

Embarques de frutas

Já a diretora-presidente da Companhia Docas do Ceará (CDC), Mayhara Chaves, falou sobre a retomada dos embarques de frutas em pallets no Porto de Fortaleza. “A gente já faz a movimentação de frutas via contêineres, mas os clientes sentiram necessidade de os produtos chegarem mais rápido. Então, aqui em Fortaleza, em atendimento a essa demanda, nós já estamos no quarto embarque de frutas em pallets”, contou. 

A diretora da CDC salientou ainda que os altos fretes dos contêineres impulsionaram a nova modalidade. “Isso é uma consequência do grande aumento com relação à aquisição de contêineres, o frete ficou mais alto, o que acabou viabilizando esses navios frigorificados para movimentação de frutas”, afirmou Mayhara.

Portugal

Em Portugal, diversos entes do setor portuário, incluindo a Administração dos Portos de Douro e Leixões SA (APDL), assinaram um memorando visando o aumento da eficiência nas operações de carga, segundo o diretor-executivo do Portugal Export, Marcelo Sobreira. “Vários agentes assinaram, como a Agepor – Associação dos Agentes de Navegação de Portugal e o TCL – Terminal de Contêineres de Leixões”, disse Sobreira. 

Fips 

Já a chefe da Procuradoria Jurídica da Valec, Thaís Araripe Dias, comentou sobre processos jurídicos inovadores que simplificam e facilitam concessões ferroviárias, e citou como exemplo o contrato de cessão da Ferrovia Interna do Porto de Santos (Fips). “Esse desenho jurídico permite e possibilita uma associação entre todos aqueles operadores interessados”, explicou.

A íntegra do programa Meta BE pode ser conferida a seguir.

 

 

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