Região Sudeste
DHL amplia contratação de mulheres para conduzir caminhões elétricos
Gabryela de Souza Ordens e Kelly Cristina Gregório Oliveira pretendem seguir carreira como motoristas profissionais no setor de transportes
Motorista há quatro anos, Gabryela de Souza Ordens, de 27 anos, decidiu cedo em qual direção seguir para construir a sua carreira profissional. Atualmente, ela é uma das 40 mulheres que conduzem caminhões elétricos da DHL Supply Chain, uma das grandes empresas de abrangência global do setor de logística.
“Desde muito jovem, gosto de dirigir e deste universo de transportes. Comecei como motorista de Uber, dirigindo por cerca de um ano, depois dirigi van escolar por dois anos, até que tive esta oportunidade na DHL Supply Chain como motorista de um utilitário elétrico para entregas na Grande São Paulo”, disse Gabryela.
“Gosto muito desta atividade e meu plano é seguir carreira nesta área, que tem condições melhores que as anteriores, principalmente conduzindo veículos utilitários, cujo raio de ação costuma ser menor, ou seja, que não tem muitas viagens e a necessidade de permanecer alguns dias fora”, acrescentou.
Já Kelly Cristina Gregório Oliveira, de 25 anos, mãe de um filho de 9 anos e arrimo de família, que atuava no setor de segurança patrimonial do Centro de Distribuição da DHL, vislumbrou oportunidade de ganho salarial maior e uma carreira promissora como motorista. “Conheci uma motorista (no setor onde trabalhava) que me falou das oportunidades nesta área. Eu me interessei, mas, na época, tinha apenas a carteira B. Então, com incentivo da empresa, tirei a carteira D e, após surgir uma vaga, foi contratada”, contou Kelly, que atualmente compõe o quadro de condutores de utilitários elétricos.
Mas, Kelly já planeja percorrer outras estradas. “Meu plano é tirar, em breve, a carteira E, podendo assim dirigir carretas, que transportam mais carga e costumam ser utilizadas em trajetos mais longos. Com isso, consigo melhorar também minha remuneração”, disse.
Gabryela Ordens e Kelly Cristina Oliveira foram contempladas no projeto “Mulheres na Estrada”, da DHL, que visa expandir a presença de mulheres na área de transportes. “Temos feedbacks muito positivos de clientes e das próprias motoristas. Creio que o setor seja fortalecido com uma participação maior das mulheres”, ressaltou o vice-presidente de Transportes da DHL Supply Chain, Fábio Miquelin.
A companhia tem aproximadamente 40 motoristas e planeja expandir o quadro na Grande São Paulo, preenchendo 70% das vagas com mulheres e 30% com homens.
Em agosto, a empresa anunciou a aquisição de 40 caminhões elétricos (VUCs). Com isso, sua frota carbono zero subiu para 70 veículos, entre utilitários e caminhões. A companhia estima evitar a emissão de cerca de 22 mil toneladas de CO2 (WtW) em cerca de 30 anos (frota atual, mais novas aquisições), visando zerar emissões até 2050.
“Com os novos caminhões, haverá um impacto grande, pois a capacidade de carga deles é muito superior aos veículos utilitários, possibilitando que utilizemos este perfil de veículo em uma gama maior de projetos logísticos. Conseguimos também chegar a mais mercados e regiões do país com um impacto ambiental quase zero. Em relação a diversidade, já tínhamos práticas consolidadas de promoção entre nossa equipe de armazenagem e nas lideranças e agora conseguimos chegar também aos motoristas”, afirmou Miquelin.