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Ao todo, foram embarcadas 6,8 milhões de toneladas de milho contra 2,9 milhões em igual período de 2021 (Claudio Neves/APPA)

Comércio exterior

Exportações brasileiras para a União Europeia crescem 50,5% em setembro

8 de outubro de 2022 às 10:26
Bárbara Farias Enviar e-mail para o Autor

Segunda maior importadora, a Argentina também contribuiu para o superávit da balança comercial para US$ 3,99 bilhões

A balança comercial encerrou em setembro com superávit de US$ 3,99 bilhões, com destaque para o aumento das exportações à União Europeia e Argentina e queda nas vendas para a China. O aumento de preços dos produtos também elevou a entrada de dinheiro das trocas comerciais com o Brasil.

Conforme o levantamento da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, divulgado na segunda-feira, em setembro, as exportações somaram US$ 28,95 bilhões e as importações, US$ 24,95 bilhões, resultando no saldo positivo de US$ 3,99 bilhões e corrente de comércio de US$ 53,90 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 253,84 bilhões e as importações, US$ 205,97 bilhões, com saldo positivo de US$ 47,86 bilhões e corrente de comércio de US$ 459,81 bilhões.

As vendas externas para a União Europeia aumentaram 50,5% no mês passado, totalizando US$ 4,77 bilhões. “Houve grande crescimento de embarques para a União Europeia, de 50,5%, sobretudo por causa do aumento dos preços, de 33%. O principal produto exportado com aumento para a União Europeia foi o petróleo bruto, que vem enfrentando subida de preços ao longo desse ano”, disse o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão. 

O segundo maior comprador das mercadorias brasileiras foi a Argentina. As vendas aumentaram 47,1%, %, totalizando US$ 1,45 bilhão. Os Estados Unidos importaram 14,3% a mais em setembro, totalizando US$ 3,42 bilhões. 

No caminho inverso, os países da Ásia, principalmente a China, reduziram a demanda de importação do Brasil em 5,5%, totalizando US$ 6,98 bilhões. “A China é o principal destino do minério de ferro e a queda desse produto explica essa redução das vendas ao país”, observou Brandão. 

Exportações

Nas exportações, comparadas as médias do mês de setembro deste ano (US$ 1,37 bilhão) com a de setembro de 2021 (US$ 1,16 bilhão), houve crescimento de 18,8%. Foi registrado crescimento de 47,5% na agropecuária, que somou US$ 5,85 bilhões; queda de 4,1% na indústria extrativa, que chegou a US$ 6,76 bilhões e, por fim, crescimento de 22,3% na indústria de transformação, que alcançou US$ 16,13 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das exportações, de acordo com a Secex. 

Importações

Em relação às importações houve crescimento de 24,9% (média de US$ 1,18 bilhão, em setembro de 2022; ante US$ 951,21 milhões, em setembro do ano passado). Foi apurado crescimento de 7,6% na agropecuária, que somou US$ 487 milhões; crescimento de 40,6% na indústria extrativa, que chegou a US$ 1,84 bilhão e, por fim, crescimento de 24,7% na indústria de transformação, que alcançou US$ 22,43 bilhões. 

Previsão

A Secex também divulgou novas estimativas para o resultado da balança comercial brasileira em todo o ano de 2022. A atual projeção indica superávit da balança comercial de US$ 55,4 bilhões (ante R$ 81,5 bilhões na previsão anterior), com US$ 330,3 bilhões de exportações e US$ 274,9 bilhões de importações, resultando em corrente de comércio de US$ 605,2 bilhões.

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