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O Conselho Feminino conduziu o painel “O crescimento da participação feminina no setor de logística e de transportes no Brasil” (Crédito: Saulo Cruz/Brasil Export)

Brasil Export

Antaq aguarda dados de pesquisa para entender situação das mulheres

Atualizado em: 20 de outubro de 2022 às 16:26
Vanessa Pimentel Enviar e-mail para o Autor

Assunto foi debatido durante painel conduzido pelo Conselho Feminino do Brasil Export

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) aguarda as respostas do questionário enviado para todo o setor portuário, com perguntas relacionadas a gênero, qualificação profissional, salários, cargos, entre outros pontos importantes para entender quem são os trabalhadores que atuam no segmento, além da situação atual das mulheres.

A pesquisa é fruto de um protocolo de intenções assinado em março deste ano entre a Agência e a Women’s International Shipping and Trading Association (Wista), e visa traçar o perfil do ponto de vista humano de quem trabalha na área. Em princípio, as respostas poderiam ser enviadas até o dia 30 de setembro, mas o prazo foi estendido até o fim de outubro.

Para incentivar os representantes presentes no Brasil Export – Fórum Nacional de Logística e Infraestrutura Portuária, Flavia Takafashi, diretora da Antaq, aproveitou sua participação no painel “O crescimento da participação feminina no setor de logística e de transportes no Brasil” para solicitar o envio das respostas o quanto antes.

“A gente entende tanto de mercado, de cargas, mas precisamos entender também a perspectiva humana de quem atua na área, até para nos aprofundarmos em relação ao setor que estamos regulando”, explicou Flavia na quarta-feira (19), primeiro dia do Brasil Export. A publicação dos resultados poderá auxiliar também as empresas para aprimoramento de políticas voltadas para esse tema.

Flavia destacou ainda o amadurecimento do órgão em 20 anos de atuação e a importância da implementação do conceito da regulação responsiva, alternativa ao modelo regulatório baseado essencialmente em punições.

O painel contou também com a presença de Mayhara Chaves, Presidente do Conselho Feminino do Brasil Export, da Companhia Docas do Ceará e da Associação Brasileira de Entidades Portuárias e Hidroviárias (Abeph). A moderação foi feita por Milena Castro, Gerente de Comunicação da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra).

Mayhara explicou algumas iniciativas da Abeph que visam atrair as mulheres para o setor e impulsioná-las aos cargos de liderança. “Acho que a gente precisa trabalhar no âmbito mais técnico”, disse. Em 64 anos, ela é a primeira mulher a assumir a presidência da Associação.

Chaves relatou ainda alguns desafios que fazem parte da sua função à frente da Autoridade Portuária que administra o Porto de Fortaleza. Entre elas, a necessidade de oferecer alternativas aos operadores quando surgem crises, como a pandemia.

“Tivemos elevação nos valores dos fretes internacionais e falta de contêineres. Para continuarmos exportando frutas, por exemplo, retomamos as operações com pallet. Deu tão certo que hoje temos demandas de outras produtoras do Nordeste”, explicou.

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