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Os executivos participaram do painel “Ações voltadas para sustentabilidade e mudança da matriz energética no setor de infraestrutura” (Saulo Cruz/Brasil Export)

Brasil Export

Integração na cadeia logística é fundamental para reduzir emissão de CO2

Atualizado em: 21 de outubro de 2022 às 10:34
Bárbara Farias Enviar e-mail para o Autor

Executivos de Suzano, Ultracargo, J&F e EY Infraestrutura para a América Latina comentaram sobre as ações sustentáveis implementadas em suas empresas

“Ações voltadas para sustentabilidade e mudança da matriz energética no setor de infraestrutura” foi o tema do painel realizado no início da tarde de ontem, no segundo e último dia do Brasil Export: Fórum Nacional de Logística e Infraestrutura Portuária, no Royal Tulip Alvorada, em Brasília (DF). 

O último encontro do ano do fórum nacional foi uma realização da Una Marketing de Eventos e ocorreu na quarta-feira e ontem. O evento foi transmitido online pelo portal BE News, com flashes na Bandnews e no canal Agro+.

O diretor de Redação do BE News, Leopoldo Figueiredo, foi o moderador do painel, conduzindo as discussões. 

Com a palavra, o presidente da Ultracargo, Décio Amaral, disse que todos os terminais da companhia têm captação de água de chuva para reuso. Além disso, comentou que a mitigação na emissão de gases de efeito estufa na atmosfera está diretamente relacionada à integração na logística. 

“A importância do planejamento integrado na logística define a emissão naquela cadeia. O preço da tonelada transportada é um quando está numa cadeia logística eficiente, mais eficiente e outra menos eficiente. É fundamental em logística planejar o supply chain, para eficiência logística e eficiência de emissão”, explicou. “O nosso setor, com bom planejamento e boa integração tem o potencial de melhorar ainda mais o perfil de emissões no País e deixar a gente ainda mais competitivo”, ressaltou Amaral. 

Já a superintendente Institucional de Logística da Suzano, Patrícia Lascosque, destacou que a companhia é autossuficiente na produção energética, utilizando para consumo próprio e vendendo o excedente.

A executiva afirmou ainda que a Suzano tem uma meta de renovar toda a frota para combustíveis limpos. “Nós temos apoiado vários outros parceiros logísticos no Brasil para desenvolver essa cadeia e conseguir, no máximo, em cinco anos, ter uma frota sendo renovada para esses combustíveis verdes”, comentou. 

Patrícia manifestou ainda uma preocupação da empresa em razão da expansão no terminal instalado no Porto de Santos (SP). “A Suzano trabalha em uma grande expansão no terminal de Santos para receber parte da carga do Projeto Cerrado, que fica pronto em 2024. São mais de 2,55 milhões de toneladas de celulose. Esse acréscimo de celulose, na margem direita, a CPFL não tem condição de aumentar a disponibilidade de energia. Sessenta por cento do Porto de Santos está em obra de expansão e nós não temos garantia de atendimento energético. Esses são os desafios que a gente enfrenta aqui, no Brasil, para fazer uma logística eficiente”, apontou. 

ESG e sustentabilidade

O diretor jurídico da J&F Investimentos, Rodrigo Simões, disse que a empresa está focada nas práticas ESG e de sustentabilidade. “A gente tem uma pauta que se chama net zero, com o compromisso de zerar a emissão de carbono até 2040”, afirmou. E acrescentou que o transporte de produtos dentro das grandes cidades é feito 100% com veículos elétricos. “O Grupo J&F, inclusive, tem uma empresa que faz aluguel de veículos, os VUCs elétricos”. 

Simões mencionou ainda a criação da JBS Ambiental há cinco anos. “Hoje, há um aproveitamento de 100% das embalagens. A JBS Ambiental reprocessa o papelão e o plástico para reutilização na própria indústria. Com isso, a gente contribui para a redução dos poluentes”, disse ele. 

 Direcionando a sua fala para políticas públicas, o sócio da EY Infraestrutura para a América Latina, Diogo Mac Cord de Faria, enalteceu o Programa Renovar, do Governo Federal, de estímulo à renovação de caminhões. “É um incentivo para a compra de um caminhão novo, mas na condição do sucateamento do antigo, então, isso não gera uma superoferta. É uma política muito mais robusta”, afirmou, reiterando que a predominância do transporte de cargas por malha rodoviária no País.

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