domingo, 24 de novembro de 2024
Dolar Com.
Euro Com.
Libra Com.
Yuan Com.

A planta da Scania em São Bernardo do Campo (SP) usará biometano em suas operações a partir de 2024 (Divulgação/Scania)

Região Sudeste

Scania quer reduzir emissão de CO2 em 75% na planta de São Bernardo

29 de outubro de 2022 às 10:54
Bárbara Farias Enviar e-mail para o Autor

Fabricante sueca de caminhões fecha parceria com a Raízen e substituirá gás natural por biometano

A Scania pretende reduzir em 75% as suas emissões de carbono na planta de São Bernardo do Campo (SP) até 2025, substituindo gás natural por biometano em suas operações. Para isso, assinou contrato com a Raízen, que fornecerá gás natural renovável. A migração energética será implementada a partir de 2024. 

O contrato estabelece o fornecimento médio de 7.800 metros cúbicos de biometano por dia, volume que representa 100% do consumo da fábrica de ônibus e caminhões, de origem sueca. 

“Vínhamos nos preparando para migrar para o biometano, fazendo testes e estudando maneiras para adquirir essa energia renovável de maneira estruturada. A abertura do mercado livre de gás nos possibilitou um novo modelo de negócio que nos coloca em uma posição de pioneiros”, disse o presidente e CEO da Scania Latin America, Christopher Podgorski. 

“A Raízen já evitou a emissão de 30 milhões de toneladas de CO2 e temos como objetivo ser um parceiro estratégico para ampliar o potencial e incentivar a jornada de descarbonização de nossos clientes, contribuindo para a construção de uma matriz cada vez mais limpa”, declarou a vice-presidente de Estratégia e Sustentabilidade da Raízen, Paula Kovarsky.

O acordo entre as empresas é consistente com as metas climáticas de curto prazo assumidas pela Scania e aprovadas pela Science Based Targets initiative (SBTi) de reduzir em 50% a emissão de gases de efeito estufa de suas operações industriais e comerciais até 2025 (base em 2015), considerando as emissões próprias (escopo 1) e as de energia adquirida (escopo 2); e reduzir em 20% as emissões de carbono equivalente na frota circulante (ônibus e caminhões produzidos pela empresa que rodam nas mãos de terceiros), com foco no escopo 3 (emissões indiretas). 

“O uso de gás natural nas nossas operações representará em torno de 60% das emissões totais de 2022. Com a substituição por biometano, somada às demais iniciativas, conseguiremos atingir os objetivos estabelecidos de redução de emissões de CO2 até 2025 para os escopos 1 e 2”, revelou Podgorski.

No total, cinco operações da fábrica da Scania utilizam, atualmente, o gás natural: nos testes de caminhões a gás, na pintura de cabinas, no abastecimento de veículos industriais, na geração de vapor, nos restaurantes e na frota de veículos próprios da Logística da Scania.

“Identificamos que a maior emissão de CO2 nas operações industriais é relacionada ao uso do gás e o biometano se mostrou uma solução”, contou a gerente de projeto de sustentabilidade e coordenação de parcerias estratégicas da Scania Latin America, Debora Tanaka.

Biometano

Substituto para o gás natural, diesel ou GLP, o gás natural renovável é produzido a partir do reaproveitamento de resíduos da cana-de-açúcar, com potencial para reduzir mais de 90% das emissões diretas de GEE (gases de efeito estufa) ao substituir combustíveis fósseis, sendo uma solução sustentável, capaz de acelerar a descarbonização de diversos setores de forma eficiente.

Compartilhe:
TAGS