A parceria prevê reuniões semestrais entre os parceiros para alinhamento do programa de trabalho do H4D: Hidrogênio para o Desenvolvimento. Crédito: Divulgação/Governo do Ceará
Região Nordeste
Ceará fecha parceria com Banco Mundial em programa de hidrogênio verde
Convênio firmado na COP27, no Egito, prevê investimento de US$ 4 bilhões
O governo do Ceará, por meio da Agência de Desenvolvimento do Estado (Adece), assinou um convênio com o Banco Mundial que prevê investimento de US$ 4 bilhões em financiamento de pesquisas, projetos-piloto e tecnologias para a implantação do hidrogênio verde (H2V) nos países em desenvolvimento.
O programa, chamado H4D: Hidrogênio para o Desenvolvimento, foi lançado oficialmente na terça-feira (15), na COP27, no Egito, irá ajudar a incentivar financiamentos para o H2V de fontes públicas e privadas; promover a capacitação e soluções regulatórias; e modelos de negócios e tecnologias para o segmento.
O Estado foi o único representante do Brasil na iniciativa, que conta com várias instituições de mercado, academias e de pesquisa.
“Este convite é um reconhecimento do protagonismo do estado do Ceará com relação ao hidrogênio verde, o que é muito bom”, disse o secretário executivo da Casa Civil do Ceará, economista Célio Fernando Bezerra Melo.
A parceria prevê reuniões semestrais entre os parceiros para alinhamento do programa de trabalho do H4D, avaliação do progresso das atividades aprovadas, trocas de informações sobre as atividades dos parceiros e estabelecimentos dos arranjos organizacionais para a entrega das tarefas.
Segundo a pasta, o H4D está aberto a todas as partes interessadas na temática de hidrogênio verde e já conta com vários representantes de diversos países.
O presidente da Adece, Francisco Rabelo, que acompanhou o evento de forma remota, disse que a participação do Ceará no programa é mais uma ação dentro do projeto “robusto” que o Estado está promovendo em prol da transição energética.
“A H4D é uma parceria que envolve vários players globais em torno da criação de ações voltadas para o desenvolvimento da indústria de hidrogênio de baixo carbono e da promoção da sua alta escala nos mercados local e mundial”, explicou Rabelo.
Já o secretário Célio Fernando destacou que as discussões que envolvem a transição energética no mundo lembram a necessidade da construção de cadeias produtivas, por isso a importância de se trabalhar ao lado da ciência, tecnologia e inovação.
“Quando a gente fala de hidrogênio verde a gente fala no eletrolisador, na quebra de molécula, mas é muito mais coisas. Você pode trabalhar com inovação, com o uso e reuso da água, até mesmo a questão de fertilizantes”, destacou.
Além da Adece, atualmente, listam como parceiros do H4D a Green Hydrogen Organization; NREL; Rocky Mountain Institute; Australian Hydrogen Council; RISE Research Institute of Sweden; Center for Hydrogen Energy Systems Sweden (CH2ESS); Chile Green Hydrogen Organization; Hydrogen Council, H2LAC; H2 Colômbia; H2 México e CORFO.
Antes da assinatura, representantes da Adece participaram do debate promovido pelo painel “Estratégias Nacionais de Hidrogênio para a Transição para a Segurança Energética na América Latina e no Caribe”.