A licitação prevê a realização de melhorias na infraestrutura. Entre as principais, está a ampliação do terminal de passageiros e do estacionamento. Crédito: Divulgação/Seinfra
Região Nordeste
Agemar arremata Aeroporto de Fernando de Noronha por R$ 2 milhões
Empresa do grupo foi a única a participar do leilão da instalação. Documentação da participante deve ser analisada hoje
A Dix Empreendimentos Ltda, do Grupo Agemar, venceu o leilão do Aeroporto Carlos Wilson, de Fernando de Noronha (PE), realizado ontem, dia 22. Única participante da disputa e atual administradora da unidade, ela apresentou uma oferta de R$ 2 milhões, com um ágio de 124,86%. A expectativa é que o Governo de Pernambuco, responsável pelo processo, analise a documentação da companhia hoje e, com a aprovação, publique o resultado oficial do pregão até sexta-feira, dia 25.
Localizado no Arquipélago de Fernando de Noronha, a 545 quilômetros da costa do Recife, o aeroporto teve sua licitação lançada pelo governo estadual no dia 20 de setembro, com valor mínimo de outorga de pouco mais de R$ 889 mil e critério de julgamento pela maior oferta. O prazo da concessão é de 25 anos.
O aeroporto ocupa área total de 1.127.625,21 metros quadrados e conta com um terminal de passageiros de 1.050 m². Há 10 anos, ele é gerido pela própria Dix Empreendimentos. Seu contrato de exploração da unidade venceu em setembro, mas foi prorrogado até o resultado do leilão.
O edital de licitação prevê a realização de melhorias na infraestrutura do aeródromo, como a ampliação do terminal de passageiros e do estacionamento, a instalação de um novo sistema de combate a incêndios e a aquisição de equipamentos.
A construção do novo terminal será uma das prioridades da Dix, afirmou o presidente do Grupo Agemar, Manoel Ferreira Júnior, em entrevista ao BE News. “Nos preparamos dois anos para esse leilão e, agora, vamos modernizar as instalações e dar um novo e maior terminal para Fernando de Noronha. Vamos ter um terminal com maior capacidade”, disse.
RESTRIÇÃO
Desde 12 de outubro, os aviões com motores à reação, chamados turbojatos, estão proibidos de pousar no aeroporto devido às más condições da pista, como rachaduras no asfalto. A restrição foi imposta pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que desde 2019 alertava sobre a necessidade de reformas. Com isso, as aeronaves que transportavam até 100 pessoas pararam de operar e deram lugar a aviões com, no máximo, 70 passageiros.
Para tentar resolver o problema de forma emergencial, o Governo de Pernambuco iniciou uma obra com recursos próprios, que deve ser concluída até o dia 30 de novembro, visando a temporada de verão. Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos do Estado, esta primeira etapa vai recuperar, de forma preliminar, a pista de pouso e decolagem, num investimento de R$ 1,2 milhão. Ainda de acordo com a pasta, o serviço está 65% executado.
A segunda, prevista para durar 12 meses, irá trabalhar na readequação de capacidade da pista; requalificação do pavimento; sistema de drenagem e implantação de sinalização, num investimento de R$ 59,9 milhões.