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Serão embarcadas 3.500 toneladas de álcool etílico no navio-tanque Vari Trader, que seguirá viagem em direção à Turquia. Crédito: Divulgação/Governo do Estado de Pernambuco 

Região Nordeste

Álcool etílico é exportado em operação inédita via Porto do Recife 

Atualizado em: 1 de dezembro de 2022 às 15:13
Vanessa Pimentel Enviar e-mail para o Autor

Movimentação pode abrir nova frente de negócio para o complexo portuário 

O Porto do Recife (PE) iniciou, na última segunda-feira (28), uma operação inédita de exportação de álcool etílico (etanol) para embarcar 3.500 toneladas do produto no navio-tanque Vari Trader, que seguirá viagem em direção à Turquia. A movimentação pode abrir nova frente de negócio para o complexo portuário, gerando renda e desenvolvimento, aponta a Porto do Recife SA, que administra o complexo.

A operação é “spot”, categoria utilizada quando há urgência de entrega da encomenda e é necessário cumprir um determinado prazo. A experiência vai analisar também como funciona o transporte pelo terminal da capital pernambucana, e se há viabilidade para futuras movimentações.

Até o fim da operação, 22 caminhões farão viagens entre Recife e Vitória de Santo Antão, cidade pernambucana onde está instalada a usina alcoolquímica do Grupo JB, responsável pelo produto que está sendo embarcado. Enquanto isso, o navio é abastecido por oito caminhões simultaneamente.

Com uma estratégia para evitar acidentes e desastres ambientais, a operação conta com uma equipe especializada, que está em prontidão ambiental 24 horas por dia. Desta forma, quando o álcool chega, é embarcado diretamente das carretas para os tanques do navio, através de tubulações específicas para este fim.

Um laboratório também foi montado no pátio dois do complexo portuário onde análises da qualidade e pureza do produto são feitas para garantir a qualidade no pré-embarque.

A empresa contratada que acompanha o procedimento estará presente durante todos os dias da operação, até a desatracação da embarcação, prevista para amanhã (2).

“Essa operação inédita é fruto do trabalho da nossa gestão, que tem colocado a atração de novos negócios como prioridade. Se tudo der certo, e o porto está trabalhando para isso, abriremos uma nova frente de movimentação no Recife, gerando mais renda e desenvolvimento para o Estado”, celebra Tito Moraes, presidente do Porto do Recife.

Antes dessa movimentação inaugural, em outubro, Tito havia se reunido com representantes do Grupo JB, na Usina Alcoolquímica em Vitória de Santo Antão. O encontro teve a presença do diretor comercial da JB, Carlos Beltrão; da gerente executiva, Caroline Carneiro, e da equipe de negócios da empresa.

A ocasião foi uma oportunidade de apresentar os potenciais estratégicos do ancoradouro recifense para a logística de distribuição da empresa, que já planejava realizar operações através do porto.

Distribuição e armazenagem

Segundo Moraes, o terminal recifense está no radar de negócios que buscam novas opções para distribuição e armazenagem de mercadorias dentro da capital pernambucana. Ele explicou que a gestão atual está reforçando o potencial logístico do Porto do Recife para atender não só as cargas consolidadas, mas também atrair novas.

“O Porto do Recife pode ser uma opção mais vantajosa para os investidores que precisam armazenar ou distribuir sua mercadoria através da capital pernambucana. Estamos de portas abertas e preparados para desenvolver novas rotas logísticas para Pernambuco”, afirmou Tito.

Carolina Beltrão, gerente executiva do Grupo JB, destacou a escolha do complexo para esta primeira movimentação.

“Um ponto positivo para a escolha do Porto do Recife foi a sua localização geográfica, ficando 60 km de distância da usina, além da escassez de terminais para movimentar um produto tão nobre como nosso álcool neutro. Também unimos a nossa expertise de fazer esse tipo de operação no Espírito Santo, com os caminhões carregando diretamente para o navio, minimizando assim qualquer tipo de contaminação, e a disponibilidade do Porto do Recife de fazer operações diferentes, foi um match perfeito”, disse.

Matheus Asfora, diretor comercial e de Operações do complexo portuário, ressaltou a infraestrutura oferecida para a nova operação.

“Temos estrutura, uma dragagem recente, uma localização estratégica e uma equipe com expertise para avaliar a viabilidade e prover as melhores estratégias para o sucesso de qualquer operação”.

Movimentação maior 

O último trabalho de aprofundamento do acesso aquaviário do porto foi concluído em abril, permitindo, segundo estimativas do complexo, um incremento de 25% nas movimentações de carga e a possibilidade de atração de novos players.

O relatório da batimetria após a obra indicou que as cotas de dragagem atingidas foram: do berço 00 ao 01, chegou aos 10 metros; do berço 02 ao 06, atingiu os 11 metros; e do trecho do berço 07 ao 09 chegou aos 8 metros. Os trechos mencionados poderão chegar às profundidades máximas, na maré alta, de 12,60m, 13,60m e 10,6m respectivamente.

 

 

 

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