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A tarifa na praça de pedágio da rodovia dos Imigrantes aumentará para R$ 33,80 a partir de zero hora de amanhã (16) (Divulgação/Ecovias)

Região Sudeste

Pedágios das rodovias paulistas sobem 11,73% a partir de amanhã

Atualizado em: 15 de dezembro de 2022 às 10:25
Bárbara Farias Enviar e-mail para o Autor

Reajuste foi autorizado pela Artesp para 11 concessionárias que atuam no Estado

As tarifas de pedágio das principais rodovias paulistas concedidas terão reajuste de 11,73% a partir de zero hora de amanhã (16). O aumento foi autorizado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e as deliberações foram publicadas no Diário Oficial do Estado de ontem (14).

Para as concessionárias Tebe, Intervias, Triângulo do Sol, Renovias e Colinas, a Artesp autorizou aumento de 10,723387%, com base na evolução do IGPM (Índice Geral de Preços – Mercado), do IBGE, entre junho de 2021 e maio de 2022. Já para as concessionárias Autoban, Rota das Bandeiras, Via Oeste, Cart, Via Rondon, SPVias, Rodovias do Tietê, Ecovias, Ecopistas, Rodoanel Oeste e Rodoanel trechos Sul e Leste foi deliberada a correção de 11,731213%, com base no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), entre junho de 2021 e maio de 2022.

No Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), administrado pela Ecovias, o valor do pedágio na Imigrantes aumentará de R$ 30,20 para R$ 33,80. O sistema, composto por quatro rodovias, liga o planalto às duas margens do Porto de Santos pela Via Anchieta (Santos) e pela Cônego Domenico Rangoni (Guarujá).

Transportadores surpreendidos 

O anúncio do aumento nas tarifas de pedágio das rodovias paulistas pegou o setor de transportes de surpresa. Representantes de sindicatos patronais afirmam que não esperavam por reajuste neste ano, conforme foi garantido pela Secretaria de Logística e Transportes do Estado de São Paulo em junho.

“Em 30 de junho, a Secretaria de Logística e Transportes do Estado de São Paulo anunciou que os pedágios não seriam reajustados este ano por conta dos consecutivos aumentos no valor do diesel. Desta forma, não estávamos esperando este aumento ainda em 2022”, afirmou o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista (Sindisan), André Neiva.

Já o presidente do Conselho Superior e de Administração do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (SETCESP), Adriano Depentor, disse que houve quebra de acordo. “Houve um acordo de que esse reajuste ocorreria apenas no final do mês, mas agora foi antecipado, e o segmento não tem como tentar mais uma postergação enquanto não entrar o novo governo. Não esperávamos por este reajuste agora, as transportadoras não fizeram previsão deste custo extra neste período de grande movimentação”, ressaltou.

Depentor salientou que o reajuste dos pedágios “não é saudável no atual momento, visto que estamos no meio das operações de transporte das demandas de Natal, safra, além do setor já estar impactado pelo custo do diesel e pela defasagem do frete. Esse é mais um aumento que interfere no resultado da atividade de transporte e, com certeza, precisará ser repassado, já que não há como absorver”.

Impacto na economia

O presidente do Sindisan alertou que haverá impacto na economia. “O pedágio é responsabilidade do embarcador e não faz parte da composição do frete. Entretanto, o aumento pesa para o exportador/importador e reflete no Custo Brasil e no preço do produto final”, explicou.

Contudo, o representante do SETCESP também explicou como o aumento de tarifa impacta no custo do transporte. “O pedágio não faz parte da composição do cálculo do frete, é uma tarifa em forma de repasse, por conta do vale-pedágio, e o impacto para nós, transportadores, é de 100%. No caso da carga fracionada, é proporcional a cada 100 kg ou fração para cada cliente considerando a distância percorrida, mas na carga lotação o impacto é total”, pontuou.

“O que o setor realmente quer e precisa é um realinhamento dessa tarifa, com novas modalidades de cobrança por quilômetro utilizado da rodovia, por exemplo, e novas licitações de concessões, para que realmente tenhamos uma tarifa mais justa”, finalizou Depentor.

Para o presidente do SETCESP, Adriano Depentor, o reajuste não é saudável em meio às demandas de Natal, entre outros fatores (Divulgação/ SETCESP)

Para o presidente do SETCESP, Adriano Depentor, o reajuste não é saudável em meio às demandas de Natal, entre outros fatores (Divulgação/ SETCESP)

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