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Os portos públicos e privados apresentaram seus melhores números históricos de outubro, com 5,4 e 22,5 milhões de toneladas movimentadas no mês, respectivamente (Divulgação)

Nacional

Portos registram movimentação recorde de combustíveis e óleos minerais

Atualizado em: 27 de dezembro de 2022 às 9:58
Bárbara Farias Enviar e-mail para o Autor

Ao todo, 27,9 milhões de toneladas foram operadas, 4,2% a mais em relação ao mesmo mês do ano anterior

A movimentação de combustíveis e óleos minerais nos portos foi recorde em outubro, 27,9 milhões de toneladas, perfazendo um aumento de 4,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Desse total, os terminais de uso privado (TUP) operaram 81,7% da carga. É o que aponta o levantamento do Dataport, o banco de dados da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP). 

De acordo com a ATP, os portos públicos e privados apresentaram seus melhores números históricos de outubro, com 5,4 e 22,5 milhões de toneladas movimentadas no mês, respectivamente. 

Entre os terminais privados com maior crescimento no período estão dois da Transpetro: o Terminal Aquaviário de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, com aumento de 57,3% e 6,2 milhões de toneladas movimentadas, e o Terminal de Almirante Barroso, em São Sebastião (SP), com alta de 8,3% e 5 milhões de toneladas movimentadas. Além desses, o Terminal de Petróleo da Vast Infraestrutura (no Porto do Açu, também no Rio de Janeiro), registrou crescimento de 37,8%, com 3,8 milhões de toneladas movimentadas.

O diretor-presidente da ATP, almirante Murillo Barbosa, lembrou que os terminais privados historicamente comandam a movimentação de granel líquido. Segundo ele, no comércio exterior houve um reaquecimento na demanda global do petróleo em outubro, motivado principalmente pelo aumento nas atividades de compra de países como China, Estados Unidos e Índia. 

“Esse fenômeno pode ser observado nos índices de exportações brasileiras do período, de acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Os cinco maiores destinos de combustíveis brasileiros por via marítima foram China, Índia, Singapura, Holanda e Estados Unidos”, observou Barbosa.

Também chama atenção o fato de o avanço da demanda mundial — 1,7 milhão de barris por dia a mais que o ano anterior— não ter acompanhado a produção global, que apresentou um declínio de 228 mil barris por dia comparado ao período anterior. Grandes produtores como Rússia e Arábia Saudita viram sua produção abaixo de metas estabelecidas para o período, explicando o contexto da produção global.

Mas conforme a ATP, no Brasil, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), acontece justamente o oposto da tendência mundial. Outubro teve a maior produção já registrada nacionalmente, tanto de petróleo quanto de gás natural. Foram 3,24 milhões de barris por dia de petróleo e 148,7 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural, com crescimentos de 16,8% e 12,9% em relação ao ano anterior, respectivamente. Grande parte dessa produção é da Petrobras; já que a empresa foi responsável por cerca de 90,8% do total produzido nacionalmente, com 75,2% desse montante vindo do pré-sal.

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