A CNI estima que com uma política industrial eficiente e moderna, a indústria aumentará sua participação no PIB de 22% para 25% entre três e quatro anos José Paulo Lacerda/CNI
Nacional
Para CNI, criação de Ministério da Indústria e Comércio vai fortalecer o setor
Presidente da entidade espera política alinhada à inovação, baixo carbono e que estimule a competitividade no comércio exterior
Fortalecimento da indústria, com aumento de produção, economia aquecida, agenda ambiental e competitividade no comércio exterior. É o que espera a Confederação Nacional da Indústria (CNI) com a criação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e a indicação do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin para comandá-lo.
Na avaliação da CNI, o principal desafio do novo ministério será construir uma política industrial moderna, de longo prazo, atenta à transição do País para uma economia de baixo carbono e em sintonia com o que está sendo feito pelas principais economias do mundo nessa área.
A entidade defende que a política industrial a ser implementada precisa contemplar uma estratégia nacional para a inovação, promovendo ainda o fortalecimento do comércio exterior, com recomposição dos instrumentos de financiamento e garantias, além ampliar a participação do Brasil nas cadeias globais de valor, aproveitando as vantagens competitivas do país.
Para o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, Alckmin conhece as prioridades da agenda de desenvolvimento do País e da indústria e o que precisa ser feito para reverter o processo precoce de desindustrialização nacional. “O futuro ministro é um político hábil, com a experiência de ter governado o estado mais industrializado do País e conhecimento do que é necessário para o desenvolvimento e o fortalecimento da indústria”, afirmou Andrade.
“A recuperação da economia nacional passa por melhores condições para a indústria retomar o seu fôlego, voltar a produzir em plena capacidade, competir de maneira mais eficiente e voltar a crescer”, observou. “Isto porque o setor é o que mais dinamiza a economia, paga mais impostos, gera melhores empregos, induz a inovação e contribui para o aumento da competitividade dos demais segmentos”, defendeu.
O executivo destacou ainda que iniciativas para estimular a indústria estão sendo levadas a sério pelas principais economias do mundo e o Brasil não pode ficar de fora dessa tendência.
A CNI estima que com uma política industrial eficiente e moderna, a indústria aumentará sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) de 22% para 25% entre três e quatro anos.
De acordo com a CNI, essa presença mais ampla do setor industrial na economia tem um efeito em cascata, pois cada R$ 1 produzido na indústria gera R$ 2,44 na economia nacional como um todo, um valor maior do que é gerado pelos demais segmentos.