Só em dezembro, o superávit comercial atingiu US$ 2,286 bilhões, resultado de US$ 20,286 bilhões em vendas ao exterior e US$ 18 bilhões em compras internacionais (Claudio Neves/Portos do Paraná)
Nacional
Comércio exterior brasileiro acumula superávit de quase US$ 60 bi no ano
Exportações somaram US$ 328,648 bilhões e as importações, US$ 268,831 bilhões
O comércio exterior brasileiro acumula um superávit de US$ 59,817 bilhões no ano, até a quarta semana de dezembro. Isso porque o País exportou mais do que importou ao longo de todo o período. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia.
Segundo a Secex, de janeiro até a quarta semana de dezembro, as exportações somaram US$ 328,648 bilhões (alta de 19,4% sobre 2021) e as importações, US$ 268,831 bilhões (elevação de 25%). Os índices de variações percentuais consideram o critério de média diária das operações.
Com isso, a corrente de comércio, que é a soma dos saldos das exportações e das importações, atingiu US$ 597,479 bilhões em 2022, considerando os resultados até a quarta semana deste mês. Trata-se de um crescimento de 21,9% em comparação a igual período do ano passado.
Dados referentes exclusivamente a dezembro revelam superávit comercial de US$ 2,286 bilhões, resultado de US$ 20,286 bilhões em vendas ao exterior e US$ 18 bilhões em compras internacionais. Isso resultou em corrente de comércio de US$ 38,285 bilhões na parcial deste último mês do ano. Na comparação com igual período do ano passado, portanto, houve crescimento de 12,3% nas exportações e de 19,3% nas importações, ampliando em 15,5% a corrente de comércio (critério de média diária).
Desempenho dos setores em dezembro
De acordo com a Secex, todos os segmentos registraram aumento nas vendas neste mês, considerando os resultados acumulados até a quarta semana. O aumento foi de 31,4% (média diária) nas exportações da agropecuária, que somaram US$ 3,69 bilhões no período. Também houve alta de 17,4% nas vendas externas da indústria extrativa, que chegaram a US$ 5,21 bilhões; e de 5,2% nos embarques da indústria de transformação, que alcançaram US$ 11,27 bilhões. A combinação destes resultados elevou o total das exportações.
Na agropecuária, os destaques das exportações foram animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos; milho não moído, exceto milho doce; e frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas. Na indústria extrativa, os resultados foram impulsionados, principalmente, por outros minerais em bruto; carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado; além de óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus. Na indústria de transformação, os destaques foram açúcares e melaços; tabaco, descaulificado ou desnervado; e óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos).
Do lado das importações, também foram registrados aumentos em todos os setores. Houve crescimento de 6,6% em agropecuária, que somou US$ 373 milhões; elevação de 46,1% em indústria extrativa, que chegou a US$ 1,71 bilhão e, por fim; alta de 18,8% em indústria de transformação, que alcançou US$ 15,78 bilhões.