O foco da investigação da Polícia Federal refere-se ao período em que a Codesa operava como uma empresa pública federal (Crédito: Divulgação)
Região Sudeste
PF cumpre mandados em operação que investiga corrupção na Codesa
Corporação apura crimes cometidos por uma organização criminosa que desviou recursos a partir de contratos da companhia entre 2015 e 2018
A Polícia Federal deflagrou na última terça-feira (24) a segunda fase da Operações Corsários, cujo objetivo é apurar crimes cometidos por uma organização criminosa que desviou recursos a partir de contratos da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) entre os anos de 2015 e 2018. Segundo a PF, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O foco da investigação refere-se ao período em que a Codesa operava como uma empresa pública federal, vinculada à Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, do então Ministério da Infraestrutura.
A Codesa é responsável pela administração e exploração dos portos de Vitória e Barra do Riacho. Em março de 2022, a companhia foi privatizada, a primeira desestatização portuária do Brasil.
O caso está no Supremo Tribunal Federal em razão do envolvimento de autoridade com foro por prerrogativa de função.
A Polícia Federal não divulgou o nome dos suspeitos alvos dos mandados desta semana. O processo corre sob sigilo de Justiça.
Em nota, a Codesa, que agora se manifesta como Porto de Vitória, afirmou que a investigação da Polícia Federal está diretamente relacionada a períodos anteriores ao processo de desestatização.
“Cumpre esclarecer que supostas ilicitudes praticadas, ora objeto de escrutínio e apuração, ocorreram antes que a companhia fosse transferida à gestão privada, em setembro de 2022. O Porto de Vitória se colocará à disposição das autoridades competentes para colaborar irrestritamente com as investigações em curso”, escreveu a companhia em comunicado oficial.
Primeira fase
A primeira fase das investigações da Operação Corsários, realizada em maio de 2021, teve a senadora Rose de Freitas (MDB) sendo um dos alvos de mandados de busca e apreensão cumpridos na ocasião.
Um total de três pessoas, sendo o irmão e um primo da senadora, chegaram a ser presos durante a operação. Eles foram soltos cinco dias depois mediante cumprimento de decisão judicial.