Edison Gloeden, o Alemão, deixou a sede náutica do Clube Internacional de Regatas para testar o piloto automático recém-instalado no veleiro Sufoco e desapareceu (Crédito: arquivo pessoal)
Região Sudeste
Live com autoridades marítimas debate caso de velejador desaparecido em Santos
Edison Gloeden foi visto pela última vez no dia 15 a bordo de um veleiro; Corpo de Bombeiros suspendeu as buscas
O site especializado em navegação iNavigate promoveu uma live na sexta-feira (27), por meio de seu canal oficial no Youtube, a respeito do caso do velejador Edison Gloeden, de 66 anos, que está desaparecido desde o dia 15 de janeiro, quando foi visto pela última vez a bordo do veleiro Sufoco, em Santos (SP). O Corpo de Bombeiros suspendeu as buscas, sem previsão de retorno, enquanto que a Marinha prossegue com os trabalhos.
Gloeden, também conhecido como Alemão, deixou a sede náutica do Clube Internacional de Regatas para testar o piloto automático recém-instalado na embarcação, segundo revelaram amigos próximos. No entanto, o velejador não foi mais visto.
A live teve como mediador o capitão Herman Júnior, criador do iNavigate. Ele também administra grupos no WhatsApp e em outras redes sociais direcionados para pedidos de socorro no mar e buscas por pessoas desaparecidas, compartilhando informações que possam auxiliar as autoridades.
No encontro de sexta-feira à noite, um representante do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar) informou que as buscas serão retomadas a partir de novos indícios de aparecimento tanto da embarcação ou da vítima.
“Fizemos nove dias consecutivos de buscas, a partir do momento em que tivemos conhecimento do caso. Se surgir indícios, alguma notícia, qualquer tipo de contato que possa levar até a embarcação, aí retomaremos as buscas”, afirmou o tenente Rafael Zveigelt, do GBMar. As buscas foram suspensas na última terça-feira (24).
Durante o encontro, foram levantadas possibilidades do que poderia ter acontecido com Gloeden ou com a embarcação. Segundo os bombeiros, o barco estava com autonomia de combustível para 150 milhas náuticas, o que representaria uma distância de 300 km da costa litorânea.
Os bombeiros atuaram com todas as equipes de resgate e salvamento aquático num trecho que vai desde a laje de Santos, pela baía de Guarujá, até a altura de São Sebastião e Ilhabela, no litoral norte de São Paulo.
Outra hipótese levantada foi de que o velejador sofreu algum tipo de incidente dentro da embarcação, seja um mal súbito ou mal estar.
A Marinha e a Força Aérea Brasileira (FAB) realizam desde a semana passada a operação de busca e salvamento, que se estendeu pelo litoral do Rio de Janeiro, do Paraná e de Santa Catarina.
Também participaram da live o capitão Fernando Burgos Garcia, comandante da Companhia de Polícia Militar Ambiental Marítima (CiaMar), do 3° Batalhão de Polícia Ambiental; o médico e capitão amador Ruppert Hahnstadt; o navegador e mergulhador Guilherme Kodja; e o jornalista Jorge de Souza.