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Durante seu discurso aos governadores, Lula apontou negligência da PM do Distrito Federal e acusou os vândalos de serem golpistas (Crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/AE)

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“Vamos chegar a quem financiou”, diz Lula sobre invasões em Brasília

10 de janeiro de 2023 às 8:42
Christiano França Enviar e-mail para o Autor

Presidente reúne governadores, parlamentares e membros do STF e reforça defesa da democracia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com governadores na noite de ontem (9), em Brasília (DF) e disse que o Governo vai descobrir quem financiou os atos de vandalismo nas sedes dos três poderes, praticados por extremistas que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Em nome de defender a democracia, não vamos ser autoritários com ninguém, mas não seremos mornos com ninguém. Vamos investigar e vamos chegar a quem financiou”, declarou Lula, que recebeu as autoridades no Palácio do Planalto..

Durante seu discurso aos governadores, Lula apontou negligência da Polícia Militar do Distrito Federal e acusou os vândalos de serem golpistas.

“O que vimos ontem foi coisa que já estava prevista. Isso tinha sido anunciado há algum tempo atrás porque pessoas que estavam nas ruas na frente de quartéis não tinham pauta de reivindicação”, afirmou o presidente.

O chefe da Nação ainda falou que aqueles que defendem um golpe defendem a tortura, a intolerância, o autoritarismo. Ressaltou que o governo está agindo contra a negligência e omissão diante de ações terroristas. E reforçou várias vezes que os responsáveis serão investigados e identificados.

“Não vamos permitir que a democracia escape das nossas mãos”, disse Lula.

Todos os discursos no encontro foram de defesa da democracia e repúdio aos ataques de domingo. Vieram a Brasília para participar da reunião os governadores ou representantes de todos os 26 estados brasileiros, mais o Distrito Federal. Também estiveram presentes o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas), o presidente em exercício do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), a presidente do STF Rosa Webber e outros ministros da corte.

Logo depois da reunião, Lula e as autoridades presentes caminharam em direção ao prédio do Supremo Tribunal Federal, um dos principais alvos de vandalismo e destruição.

 

Acessos fechados

Após as manifestações, os acessos comuns para a Esplanada dos Ministérios estão fechados por motivo de segurança. A entrada é restrita somente aos funcionários e autoridades. O presidente Lula está despachando direto de seu gabinete, que não foi danificado por conter medidas de segurança mais fortes.

O trecho inferior da avenida N2 (chamada de acessos laterais) foi aberto com deslocamento de veículos e bastante policiamento para garantir a segurança. Segundo alguns funcionários do bloco E do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o terceiro andar foi interditado por ter sido atingido por, segundo os funcionários, uma bomba.

Os atos de vandalismo estão sendo contabilizados pela Polícia Federal. Até agora o que se sabe é que os danos foram muito grandes.

No Senado, parlamentares estão reunidos para tratar de medidas para a recuperação do patrimônio danificado no Congresso. Debatem também as medidas legais a serem adotadas para apurar e punir responsabilidades. A reunião contou com parlamentares de praticamente todos os partidos, governistas e de oposição.

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