Nova estrutura ferroviária poderá aumentar o volume de cargas escoado pelo porto de aproximadamente 7 milhões de toneladas em 2023 para cerca de 10 milhões de toneladas em 2028 (Foto: Divulgação/Vports)
Região Sudeste
Vports entrega nova estrutura ferroviária e mira corredores logísticos
Linha férrea poderá aumentar o volume de cargas de 7 milhões de toneladas em 2023 para cerca de 10 milhões de toneladas em 2028
A Vports, concessionária que administra os portos do Espírito Santo, anunciou o término das obras de revitalização da estrutura ferroviária localizada dentro da área do porto, no município de Vila Velha. De acordo com a Autoridade Portuária, o ramal poderá ser utilizado a partir de outubro, criando a possibilidade de abrir caminhões para uma nova rota logística entre a região Centro-Oeste, com ênfase para o estado de Goiás e Triângulo Mineiro.
De acordo com a Vports, a nova estrutura ferroviária poderá aumentar o volume de cargas escoado pelo porto de aproximadamente 7 milhões de toneladas em 2023 para cerca de 10 milhões de toneladas em 2028.
Até o ano passado, de acordo com a Autoridade Portuária, a movimentação do Porto de Vitória contava com pouquíssima participação da malha ferroviária, sendo responsável por somente 3% da movimentação, enquanto que os 97% restantes são para entrada e saída de cargas através de rodovias.
A retomada do modal ferroviário no terminal é considerada de alta prioridade, pois se apresenta como uma nova alternativa logística, de melhor custo e maior eficiência.
“Criar uma alternativa logística e permitir a integração entre os modais é trabalhar em prol de um custo logístico menor, que beneficia todos os atores envolvidos no processo, distribuindo cargas de acordo com as especificidades de cada porto e permitindo o fortalecimento de uma forma mais geral e equânime. E, nesse sentido, ganhamos todos, especialmente a exportação brasileira. O trabalho incluiu todas as intervenções necessárias para acomodar a matriz futura de carga, com obras de adequações e retrofit nos ramais”, disse Gustavo Serrão, diretor-presidente da Vports.
A expectativa é de que, inicialmente, a nova estrutura ferroviária – ligada à Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) e à Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) – seja utilizada especialmente para movimentação de fertilizantes e farelo de soja, com maior capacidade, eficiência e agilidade.
A revitalização da linha ferroviária é parte do pacote de obras da concessão e representa investimentos de R$ 16 milhões de um total de R$ 150 milhões investidos ao longo dos dois primeiros anos da concessão, que se completam neste mês de setembro.
A fase 2 do projeto contemplará outros granéis sólidos e há ainda um estudo para que seja possível realizar a captura de combustíveis sólidos até 2029.
As outras obras incluem a recuperação dos silos horizontais localizados em Capuaba, Vila Velha que, juntos, têm capacidade para armazenamento de 80.000 toneladas de produtos como trigo e malte.
“São projetos importantes dentro do propósito de investir em aumento da capacidade, diversificação de cargas e novas áreas de exploração portuária. Temos uma vantagem competitiva em função da localização privilegiada, atuando como um elo logístico que envolve diversos modais. Nossos esforços estão voltados para fortalecer o complexo portuário, visando a impulsionar um ambiente de negócios mais dinâmico, eficiente e ágil, dentro de um projeto sólido, de crescimento e desenvolvimento compartilhado”, finaliza Serrão.